A economia mundial deverá crescer 3,5% e 3,6% em 2017 e 2018, respectivamente, de acordo com as últimas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Igualmente importante, esta aceleração face ao ano passado (3,1%) tem sido acompanhada por uma maior sincronização entre as economias avançadas e as emergentes e em desenvolvimento. Entre as primeiras, o principal contribuidor para esta melhoria serão os Estados-Unidos e, entre as segundas, destaque para a estabilização da China e recuperação das economias russa e brasileira. Tal como no trimestre passado, a Reserva Federal Norte-Americana (FED) voltou a subir, em Junho, a taxa directora em 25 basis points (bp) para os 1%- 1,25%. Contudo, esta não deverá ser a última subida de taxa em 2017, visto que o consensus dos analistas aponta para mais uma subida em Dezembro. Além disso, a FED irá iniciar o processo de redução do seu balanço, após a expansão derivada do Quantitative Easing (QE), iniciada em 2007.
Da nossa análise resulta que, as ‘Acções’ continuam como a classe de activos com melhores perspectivas de valorização, no médio prazo. A volatilidade, contudo, deverá aumentar, como historicamente acontece quando as yields das obrigações soberanas invertem a tendência anterior. Ou seja, considerando que a volatilidade de curto prazo tende a ser maior em momentos de inversão de tendências e menor quando as tendências ganham tracção, a eventual subida das yields reais das obrigações soberanas, invertendo a tendência dos últimos anos, poderá ser o trigger para o aumento da volatilidade dos mercados accionistas. Nesse cenário, a melhor estratégia contra o aumento da volatilidade continua a ser a diversificação.