Indicadores Económicos
Os indicadores económicos continuam a evidenciar expansão da actividade económica nos países desenvolvidos. Apesar dos problemas de abastecimento, pressões inflacionistas e do ressurgimento da pandemia, a actividade mantém-se dinâmica. Na Zona Euro, os valores preliminares dos PMIs Manufacturing e Services de Dezembro registaram 58 pontos (face aos 57,8 pontos estimados) e 53,3 pontos (face aos 54,3 pontos estimados), respetivamente. Contudo, os problemas de abastecimento no sector industrial provocaram uma diminuição da produção automóvel pelo terceiro mês consecutivo. Nos serviços, as expectativas deterioraram-se devido à vaga de Covid-19.
Nos Estados Unidos, os valores preliminares dos PMIs Manufacturing e Services referentes ao mês de Dezembro situaram-se nos 57,8 (face aos 58,5 pontos estimados) e 57,5 (face aos 58,8 pontos estimados), respetivamente. A taxa de inflação fixou-se nos 6,8%, ficando em linha com as expectativas dos economistas. Mesmo excluindo os componentes mais voláteis como a alimentação e energia, a taxa de inflação core alcançou os 4,9%, também em linha com as estimativas.
Evolução dos Mercados Accionistas
Dezembro foi um mês de subida para a maioria dos principais índices de acções. Na Europa, os índices DAX-30 e o EuroStoxx-50 registaram ganhos expressivos de 5,2% e 5,8%, respectivamente. Nos EUA, os índices S&P-500 e o Nasdaq-100 terminaram com uma valorização 4,4% e 1,1%, respectivamente. A nível nacional, o índice PSI-20 subiu 2,5%. As maiores valorizações do mês foram as da Altri (14,5%), Ramada Investimentos (11,0%) e CTT (9,9%).
Índices Accionistas
Os mercados accionistas estiveram condicionados pela rápida transmissibilidade da nova variante Ómicron e pelo aumento das restrições em vários países europeus. No entanto, as notícias sobre a eficácia encorajadora das vacinas e a menor letalidade desta variante moderaram a gravidade do impacto esperado na economia e reavivaram parte dos ânimos dos investidores. Destaque para o medicamento da Pfizer que se poderá tomar em casa, para combater os sintomas da Covid-19, e que foi aprovado de emergência pelo regulador americano de saúde (FDA) para pessoas de elevado risco.
Na última reunião, o Banco Central Europeu (BCE) garantiu que irá finalizar o programa de emergência (PEPP) em Março de 2022, mas para compensar irá aumentar o ritmo de compra de obrigações. Neste sentido, o BCE irá aumentar as compras mensais para EUR 40 MM (vs actualmente EUR 20 MM), EUR 30 MM no terceiro trimestre e de volta aos EUR 20 MM a partir do quarto trimestre. O BCE manteve as taxas de juro directoras inalteradas e Christine Lagarde voltou a reforçar que é muito improvável haver uma subida das taxas em 2022.
Taxas de Juro
Surpreendentemente, o Banco de Inglaterra (BoE) subiu a taxa de juro directora pela primeira vez em três anos, pondo de lado os receios em relação à nova variante do vírus para combater a taxa de inflação mais elevada da última década. O primeiro grande banco central a subir a sua taxa de referência desde que começou a pandemia, optou por aumentar o custo de financiamento em 15 pontos base para 0,25%. No entanto, o BoE decidiu manter o programa de compra de obrigações, mantendo também o limite de GBP 895 MM no montante total de compras.
Na última reunião monetária, a Reserva Federal norte-americana (FED) decidiu aumentar o ritmo de redução do programa de compra de activos para USD 30 MM a partir de Janeiro, o que levará a uma compra total de USD 60 MM nesse mês, e mantendo este ritmo de redução, comprará USD 30 MM em Fevereiro e deixará de comprar obrigações em Março, abrindo assim a possibilidade para começar a subir as taxas de juro no resto do ano. Na reunião anterior, o banco central tinha reduzido a compra de obrigações mensais em 15 MM, que levou a uma compra de USD 105 MM no final de Novembro e USD 90 MM em Dezembro. O presidente da FED, Jerome Powell sinalizou que a inflação é agora o inimigo número um contra a preservação da expansão económica e do retorno do mercado de trabalho aos níveis pré-pandémicos.
Taxa de Câmbio
Commodities
Obs: Cotações a 31/12/2021. Fonte: Bloomberg. Banco Invest
De modo a estimular a economia, a China cortou a taxa de referência a um ano de 3,85% para 3,80%. É o primeiro corte desde Abril de 2020. No início de Dezembro o banco central já tinha diminuído a quantidade de reservas que os bancos necessitam de ter de modo a injectar liquidez na economia.
Alocação de Activos
As carteiras encerraram o mês de Dezembro com uma valorização de 2,4%, menos 100bp do que o respectivo benchmark (3,4%). Nos últimos doze meses, a valorização ascende a 9,2%, contra os 15,4% registados pelo benchmark.
O último mês do ano revelou-se positivo para os mercados acionistas. Nos Estados-Unidos, o índice S&P-500 valorizou 4,4%, fechando o ano em máximos históricos. Na Europa, o índice EuroStoxx-50 subiu 5,8%, e, entre os mercados emergentes, o índice global dos emergentes (MSCI EM) subiu 1,6%. Parte destas subidas generalizadas são explicadas pelo optimismo gerado pelas recentes informações sobre a menor gravidade da variante ómicron que, apesar da sua rápida propagação, parece ser menos severa que as estirpes anteriores. Nos Estados Unidos, depois da inflação subir 6,8%, o valor mais alto desde 1982, o presidente da FED, Jerome Powell, afirmou que é esperado haver múltiplas subidas da taxa de juro em 2022 e que irá acelerar o ritmo da redução mensal do programa de compra de activos. Desta forma, o programa de compras é esperado terminar em Março de 2022, vários meses antes em comparação com o calendário anterior. Já na Europa, Lagarde veio dizer que é muito improvável uma subida da taxa de juro na Europa e que o programa de compra de emergência pandémica (PEPP) é esperado acabar no final de Março de 2022. No entanto, o programa de compra de activos (APP) é esperado continuar até pelo menos 2023. Na componente das obrigações, destaque pela positiva do segmento de High Yield que subiu +1,5% (EurH) enquanto que o segmento de Investment Grade global desceu -0,3% (EurH).
As carteiras beneficiaram da subida dos mercados acionistas e da redução dos spreads de crédito nas obrigações. No mês de Dezembro, reforçaram-se as posições em acções europeias, de forma a aproveitar as quedas no inicio do mês. Entre os emergentes, abriu-se uma posição no mercado acionista do Vietnam, uma economia com perspectivas positivas nos próximos anos.
Estratégia de Investimento
Alocação de Activos
Rendibilidade Histórica
Invest - Dinâmico
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