O ano de 2022 iniciou-se com a perspectiva de subida de taxas pelos principais bancos centrais, seguida da invasão da Ucrânia pela Rússia, no final de Fevereiro. Ambos os acontecimentos estiveram na base da elevada volatilidade registada nos mercados financeiros.
Para além da tragédia humanitária, a eclosão de uma guerra em pleno continente europeu, agravada pelo facto de ser iniciada por uma potência nuclear, veio adicionar ainda mais incerteza quanto à evolução da economia (e ordem) mundial.
No plano económico, o impacto imediato é a visível subida da taxa de inflação. E, regra geral, uma taxa de inflação mais elevada traduz-se em taxas de juro mais altas e bancos centrais com políticas monetárias mais restritivas. Por sua vez, taxas de juro mais altas, potencialmente acompanhadas por abrandamento económico, poderão significar múltiplos de avaliação mais baixos e spreads de crédito mais altos, nos mercados accionistas e de crédito, respectivamente.
Assim, mantemos a Alocação de Activos com um posicionamento defensivo e com uma elevada percentagem em Liquidez. Apesar das classes de activos mais cíclicas estarem agora com avaliações mais atractivas, considerando a elevada incerteza reinante, mantemos uma exposição Neutral em Acções. Entre as Obrigações, mantemos a exposição aos segmentos High Yield e Corporate Hybrids, embora globalmente Underweight na classe de activos.