No segundo trimestre do ano, a volatilidade dos mercados financeiros permaneceu elevada, alimentada pela subida da inflação e das taxas de juro e diminuição das expectativas de crescimento económico global. Para além da guerra na Ucrânia, também a política de Covid-zero na China contribuiu para a deterioração do sentimento dos investidores, num contexto de elevada incerteza e aumento das correlações entre classes de activos, em particular, entre as acções e obrigações.
Deste modo, o outlook macroeconómico permanece, sem dúvida, incerto e aconselha prudência. Apesar do repricing observado nas várias classes de activos, o potencial para a diminuição dos actuais prémios de risco, tanto das acções como das obrigações, parece limitado, no curto prazo. O que não significa que continuem a subir, mas uma descida sustentada dos prémios de risco passará, na nossa opinião, pelo desanuviar das tensões geopolíticas e diminuição das pressões inflacionárias.