Durante o terceiro trimestre os mercados financeiros permaneceram, regra geral, condicionados pela incerteza quanto à evolução das principais economias desenvolvidas, após os novos aumentos das taxas de juro e pela fraqueza evidenciada por algumas economias emergentes, em particular na China.
Com efeito, nos Estados Unidos, em Julho, a Reserva Federal voltou a subir a taxa directora, para os 5,50%, e na Zona Euro o BCE aumentou a taxa de juro por duas vezes, para os actuais 4,50%. Por sua vez, a reabertura da economia chinesa, após os lockdowns relacionados com a pandemia, não se materializou na aceleração económica esperada, conforme visível na evolução recente dos respectivos índices PMI.
Neste contexto, o terceiro trimestre termina com quedas ligeiras nos principais índices accionistas mundiais, num contexto de novas subidas das yields da dívida pública e, consequentemente, deterioração das avaliações relativas. Nos mercados de dívida privada, os spreads de crédito registaram pequenos aumentos, acompanhando a desvalorização das acções.