O desempenho da economia mundial surpreendeu pela positiva em 2023, excedendo as expectativas mais optimistas: apesar da forte subida das taxas de juro, a economia norte-americana revelou-se particularmente resiliente; a Europa reduziu a dependência do gás russo, evitando a catástrofe económica; e a inflação global diminuiu de forma significativa sem grande impacto em termos de desemprego.
Nos mercados financeiros, a euforia em torno do desenvolvimento e das perspectivas de crescimento da Inteligência Artificial (IA) impulsionou os principais índices accionistas, em particular as empresas do sector tecnológico, comprimindo ainda mais os prémios de risco, num contexto de subida das yields da dívida pública. Nos mercados de dívida privada o cenário foi idêntico, com os spreads de crédito a terminarem 2023 perto dos mínimos do ano.